Aos 62 anos de idade, 42 deles dedicados ao rock, podemos dizer que OZZY OSBOURNE faz jus ao famoso slogan ‘sexo, drogas e rock and roll’, retratado de forma detalhada em sua autobiografia. É com o rock and roll que o velho Madman ressurge a cada vez em que todos pensam em sua aposentadoria.
Ozzy não precisa provar mais nada a ninguém. São 4 décadas de uma carreira sólida e milhões de discos vendidos que o credenciam como um dos principais ícones do heavy metal. Scream empolga do começo ao fim e afirma mais uma vez sua soberania, podendo se consagrar como seu álbum mais relevante desde "No More Tears", lançado em 1991.
Para sua nova empreitada no disco "Scream", que chega esta semana nas lojas do Brasil, ele continuou com o mesmo produtor de "Black Rain" (lançando em 2007), Kevin Churko, mas deu um novo gás na banda, que agora com conta com dois novos membros: o guitarrista grego Gus G. e o baterista Tommy Clufetos. O time é completado pelo baixista Rob "Blasko" Nicholson e pelo tecladista Adam Wakeman, filho do lendário Rick Wakeman.
Não pensem que é apenas a idade do velho Ozzy que pesa: o álbum todo é pesado, o que chega a nos remeter à época em que Ozzy cantava no Black Sabbath, na longínqua década de 70, conseguindo reunir elementos de sua carreira solo, sua antiga banda e acrescidos de modernidade ao som.
O álbum é bem trabalhado, com riffs, melodias e letras agressivas, destacando-se a abertura a todo peso com ‘Let It Die’ e ‘Diggin Me Down, que tem diversas mudanças rítmicas, com bases firmes e um solo melódico. Merece destaque, também, ‘Let Me Hear You Scream’, já bastante conhecida por se tratar do primeiro single do álbum. É uma música rápida, feita para empolgar arenas com seu refrão fácil, pegajoso e extremante cativante.
E quem disse que o velho coração do Madman não permite mais aflorar suas tradicionais baladas? ‘Time’ e ‘Life Won’t Wait’ dão uma sutileza agradável ao álbum, além da última música ‘I Love You All’, em agradecimento aos fãs e que soa como uma possível despedida, adiada por diversas vezes e, quem sabe, por mais uma vez.
Juntamente com "Scream" vem uma gigantesca turnê mundial de 18 meses e que pode desembarcar novamente na América do Sul no próximo ano, lembrando que sua última passagem pelo Brasil foi em 2008, na turnê do álbum "Black Rain".
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