terça-feira, 15 de junho de 2010

Sepultura: Max critica Andreas por frustrar reunião

(NOTA: um pequeno trecho desta entrevista já foi publicado anteriormente).




No dia 7 de junho, o site holandês FaceCulture conversou com Max Cavalera, principal integrante do SOULFLY, sobre sua revelação de que uma reunião da formação original do Sepultura “quase aconteceu” no ano passado, mas não foi concretizada devido a um desentendimento com Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, a respeito de quem deveria cuidar dos negócios da banda e outros assuntos relacionados a dinheiro. Segue abaixo um trecho da entrevista.



FaceCulture: Você falou com o Andreas recentemente? Há alguma notícia a respeito [de uma possível reunião da formação original do SEPULTURA]?



Max: “Não, tudo está na mesma. O que conversamos a respeito naquela noite [ano passado] em que eu telefonei para ele continua da mesma maneira. Não tive contato com ele. Tudo permanece o mesmo, infelizmente... Eu realmente quero fazer isso [a reunião]. Eu até mesmo propus a ele... Eu disse 'se você quiser, basta você e o Paulo [baixista do SEPULTURA] terem alguém que os gerencie — vocês terão seus próprios managers — e a Gloria [esposa de Max e ex-manager do Sepultura, que ainda cuida dos negócios de Max] irá gerenciar a mim e ao Igor [irmão de Max e ex-baterista do SEPULTURA]. Assim nós dois ficaremos felizes; é algo 50% para cada. Todos ficaremos tranquilos e alegres, certo?!' Quero dizer, fui o mais justo possível. [E] não foi bom o suficiente [para Andreas]. Ele não quer Gloria envolvida nisso. Quer fazer tudo sozinho, controlar tudo. E isso não é certo, nem justo.”



FaceCulture: O Igor ainda fala com ele [Andreas]?



Max: “Acho que não. Mas eu falei com o Igor e ele disse que faria a turnê — ele faria por mim. Eu realmente quero fazer isso para os meus fãs. Eles querem ver algo assim, muitos dos meus amigos também querem. Acho que o mundo todo gostaria que isso acontecesse. Foi uma banda importante no mundo do metal”.



FaceCulture: Você acha que dinheiro também foi uma questão importante para ele [Andreas]?



Max: “Para mim não é. Porque para mim não estamos fazendo isso pelo dinheiro. Estamos fazendo para mostrar às pessoas o quão boa essa banda era — apenas para fazermos novamente ótimos shows, para mostrar que fomos uma banda importante. A ideia não era fazer algo novo — nada de álbum novo ou algo assim; somente tocar nossas músicas antigas. Apenas isso. É bem melhor. As músicas antigas têm mais energia mesmo. Mas, eu não sei… Ele viu pelo ângulo errado. Tudo o que eu disse foi tomado de maneira equivocada.”



FaceCulture: Então ele não quer mais dinheiro ou algo assim? Pergunto por que li que você tinha dito isso. Não sei se é verdade, [então] gostaria de confirmar.



Max: “Para mim parece sim que isso tem um pouco a ver. O que realmente é foda de lidar com esses caras, coisa que muita gente não sabe — acho que eu deveria contar porque foi algo que aconteceu —, é que quando Dana morreu [Dana Wells era enteado de Max Cavalera e morreu em um acidente de carro em 1996 — editado], eu fui embora de Donington [onde o Sepultura se apresentaria], e a esposa do Andreas tentou enterrar Dana antes da Gloria chegar em casa. Eu não sei [o porquê], cara. Isso é maldade — fazer algo assim. E nós não permitimos que isso ocorresse porque a filha de Gloria, Christina, descobriu e barrou tudo. Foi algo como ‘O que você está fazendo?’. Ela estava tentando fazer com que ele fosse enterrado pra acabar de uma vez por todas com aquilo. Quando Gloria chegou, ele já estava enterrado — o funeral já tinha terminado. E isso foi muito dolorido. Essa foi uma das razões pelas quais sai do Sepultura, por causa desse tipo de atitude que eles tiveram em relação a uma pessoa que era nossa amiga. E isso é algo que muita gente não sabe.”



FaceCulture: Eles se desculparam por isso?



Max: “Não. Nunca.”



FaceCulture: Se eles se desculparem, então talvez você possa realizar essa turnê?



Max: “Sim. Talvez, se fizermos a reunião, podemos deixar tudo para trás — deixar inclusive isso para trás, se for possível.”

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